CARTILHA MULHERES
MULHERES - Saúde reprodutiva e Aids.

Esta cartilha foi idealizada a partir de um trabalho de prevenção ao HIV e Aids desenvolvido na Comunidade Pavão-Pavãozinho (Copacabana/RJ) e das discussões presentes no Grupo de Mulheres Pela Vidda/RJ, com o objetivo de informar você sobre as formas de transmissão do HIV, as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e os métodos contraceptivos.
Rio de Janeiro - 2ª Edição Revisada.


A INFORMAÇÃO POSSIBILITA FAZER ESCOLHAS

O que é Aids?
A Aids (Sida) é a síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Síndrome porque aparece como um conjunto de sinais e sintomas, Imunodeficiência porque o corpo não consegue se defender das doenças e Adquirida porque é decorrente da infecção pelo HIV - o Vírus da Imunodeficiência Humana.

Como o vírus é transmitido?
As principais formas de transmissão do HIV são: pela via sangüínea (transfusões, hemoderivados e compartilhamento de agulhas e seringas no uso de drogas injetáveis) e pela via sexual (tanto na relação entre homem/mulher como também nas relações homem/homem e mulher/mulher) e vertical (da mãe para o filho).

Então qualquer pessoa pode Ter Aids, inclusive nós mulheres?
Sim. Apesar da maioria dos casos de Aids registrados ser entre homens, é importante dizer que em 1986 havia uma mulher infectada pelo HIV para 19 homens. Entre 1993 e 1996 passamos a ter uma mulher para cada três casos de Aids entre os homens e com os dados de 1997, uma mulher para cada dois casos entre homens. Isto significa que a proporção diminuiu bastante em muito pouco tempo. Hoje é certo que todos estamos vulneráveis à infecção pelo HIV e que precisamos nos prevenir.

O que posso fazer para evitar a transmissão do HIV?
» Usar camisinha nas relações sexuais.
» Exigir que o sangue e os hemoderivados sejam testados para o HIV.
» Não compartilhar agulhas e seringas.
» E, sobretudo, conversar sobre o assunto com os amigos, principalmente com seu(a) parceiro(a) sexual.

Mas é difícil falar com os homens sobre este assunto...
É verdade. Somos educadas de forma diferente e isto muitas vezes dificulta a conversa. O fato de serem incentivadas as experiências sexuais para os homens e para as mulheres serem exigidas a monogamia (ter somente um parceiro sexual) e a maternidade, faz com que as mulheres não se sintam vulneráveis à transmissão do HIV. Além disso, as mulheres virgens, as que fizeram ligadura de trompas ou as que estão na menopausa, ao se distanciarem da possibilidade de gravidez tendem a ficar menos atentas à transmissão das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e do HIV.

Tanto para as mulheres quanto para os homens que vivem com HIV há o risco de recontaminação, provocada quando uma pessoa soropositiva se expõe novamente ao vírus, podendo contaminar-se com cepas (grupo de organismos dentro de uma mesma espécie, caracterizado por alguns traços particulares) distintas do HIV, inclusive com sub-tipos (I e II) e subtipos (A, B, C ...)diferentes, por isso é fundamental continuar se prevenindo e usando camisinha.


É possível viver com o vírus HIV?
Sim. Existem muitas pessoas que vivem com o HIV, isto é, pessoas que fizeram o teste anti-HIV e tiveram resultado positivo, por isso se diz que estas pessoas são soropositivas. Através de um acompanhamento médico e tratamento preventivo, uma pessoa pode viver muitos anos com o HIV sem ter nenhuma doença, porém ela pode transmitir o vírus.

Fazer sexo seguro quer dizer ter relações sexuais evitando a troca de líquidos do corpo - sangue, esperma e secreção vaginal. No caso da via sexual, a principal indicação é usar camisinha nas relações sexuais.


Se eu for soropositiva posso continuar tendo relações sexuais?
Sim. As pessoas soropositivas não precisam deixar de amar e de se relacionar sexualmente. O importante é que ao se relacionar com uma outra pessoa haja uma conversa franca sobre sua condição de soropositividade. Assim a relação passa a ser de responsabilidade de ambos(as) os (as) parceiros (as), no que se refere à prevenção e transmissão do HIV.

Preciso contar ao meu parceiro que sou soropositiva?
Ninguém é obrigado a revelar sua soropositividade, salvo se vier a colocar em risco a saúde, a integridade física e a vida de outra pessoa. Assim, com uma das formas de transmissão do HIV é a via sexual, a menos que seja praticado o sexo seguro, você deve revelar sua condição para não expor seu parceiro.

Se meu parceiro omitiu sua soropositividade e me infectou, o que posso fazer?
Você pode abrir um processo penal contra ele, seja seu marido, companheiro ou simplesmente parceiro. Mas existem divergências. Ele poderá ser enquadrado em crime de perigo de contágio venério/perigo de contágio de moléstia grave (artigos 130 e 131 do Código Penal), lesão corporal (artigo 129 do código penal) e homicídio (artigo 121 do Código Penal). É possível ainda, um processo cível objetivando indenização por perdas e danos.

Não esqueça que a relação sexual é de responsabilidade de ambos. Questões trabalhistas e previdenciárias referentes aos direitos das pessoas soropositivas - ver cartilha Conquistas, Grupo Pela Vidda/RJ.


As vezes é difícil saber qual é o momento certo de fazer as coisas. Casamos, temos filhos e nem sabemos bem porquê...

É verdade. Por isso é que nem todas as pessoas são felizes porque estão casadas e nem todas as mulheres ficam felizes quando engravidam. Poder decidir sobre casar e ter filhos (e quantos) pode ser mais fácil se há informação.

Mas eu não posso decidir sozinha se vou ter um filho?
Realmente. Nem sempre podemos resolver tudo sozinhas, mas se prestarmos a atenção isto muitas vezes acontece. De todo modo, a gravidez modifica especificamente a vida das mulheres. A opção por Ter filhos e quando, deve ser de cada uma de nós, o que não significa que o diálogo com o nosso parceiro não seja fundamental. Seria ideal que os parceiros sexuais (namorados, maridos, amantes e companheiros) conversassem sobre as opções para se evitar filhos - ou para tê-los -, mas nem sempre isto é possível.

Eu tenho que fazer o teste anti-HIV se estiver grávida?
É muito importante que você queira fazer o teste. Você poderá conversar com o seu médico do pré-natal sobre o teste ant-HIV, se informar nas Organizações Não Governamentais (ONGs) que lutam contra a Aids ou nos Centros de Testagem Anônima, mas a decisão é sua. O teste anti-HIV não pode, em hipótese alguma, ser obrigatório, mas deve estar disponível e oferecido a todas as gestantes.

O Ministério da Saúde orienta que as mulheres soropositivas não devem amamentar. No caso das mulheres soropositivas, a tentativa de engravidar deve considerar o risco de transmissão do HIV para seu parceiro ou sua própria recontaminação, se o parceiro for soropositivo.


E se eu souber que sou soropositiva?
Estar atenta às transformações do próprio corpo é sempre muito importante. Se você for soropositiva a atenção é ainda mais necessária, especialmente na fase da gravidez, pois é um período em que normalmente as defesas do organismo são alteradas embora a presença do HIV não seja um agravante para sua saúde. Ainda que o HIV possa ser transmitido da mãe para o filho, o tratamento adequado reduz muito as chances de isso acontecer. É preciso pensar se você vai Ter condições de cuidar dela, e, sendo soropositiva, buscar orientação médica adequada. Neste caso, o acompanhamento deverá ser feito pelo ginecologista e por um médico experiente no campo das doenças causadas pela Aids.

Se eu já tiver alguma doença por causa da Aids faz alguma diferença para a gravidez?
Se você tem alguma doença oportunista ou se sua carga viral está alta, o risco de transmissão para o bebê é maior, por isso o acompanhamento médico especializado é fundamental. É importante lembrar que a carga viral é a quantidade de HIV presente no sangue, que pode ser medida através de um exame específico.

Como pode ocorrer a transmissão para o bebê?
A transmissão vertical do HIV (da mãe para o bebê) pode ocorrer na gestação, no parto e na amamentação. Se não houver tratamento, há aproximadamente 30% de chances do bebê nascer com HIV. Nos primeiros meses ele possui anticorpos da mãe, o que faz com que seu teste anti-HIV seja positivo. Mas, só se confirma a infecção quando a criança cria seus próprios anticorpos. Se não houver infecção o teste anti-HIV passa a ser negativo com o passar do tempo (até 18 meses). Somente os exames chamados PCR e P24 podem detectar o vírus do bebê e confirmá-lo precocemente, mas são exames caros e difíceis de serem feitos pela rede pública de saúde.

É mais provável a transmissão do HIV através do parto normal ou da cesariana?
Alguns estudos apresentados em 1998 mostraram uma maior redução da transmissão vertical do HIV, com a cesariana eletiva (realizada antes d e entrar em trabalho de parto), em comparação com o parto normal (vaginal). O médico obstetra e a paciente devem avaliar os riscos e benefícios envolvidos com cuidado, para então decidir o que fazer.

O aborto só é permitido por lei se for praticado por médico, quando não há outro meio de salvar a vida da mãe e se a gravidez resultar de estupro. Nestes casos é preciso o consentimento prévio da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal (artigo 128 do Código Penal). Atualmente, já existem hospitais públicos que realizam o aborto nestas hipóteses.


É possível diminuir o risco da transmissão vertical?
Sim. Atualmente, a transmissão vertical do HIV, quando a gestante e o bebê são tratados com AZT, é menor que 10%. Este medicamento deverá ser tomado a partir da 14ª semana de gestação (via oral) e também durante o trabalho de parto, por vis venosa. Após o nascimento, o bebê também fará uso da medicação por seis semanas. No Brasil, o uso do AZT venoso durante o parto é possível em várias maternidades do SUS (Sistema Único de Saúde). É importante destacar que , durante o trabalho de parto, cuidados especiais com o sangue e secreção materna também são importantes para evitar a contaminação do bebê.

Se eu for soropositiva devo abortar?
Não. Hoje em dia existem possibilidade de usar anti-retroviral (AZT) durante a gestação, para diminuir o risco da contaminação para o bebê. É importante frisar que a gravidez, ou sua interrupção, deve ser uma escolha de cada uma de nós.

Fico proibida de cuidar e conviver com meus filhos se ficar comprovada a minha soropositividade?
Não. Hoje é garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que toda criança tem direito de ser criada, educada e mantida pelos seus pais, salvo decisão judiciária em contrário, que venha impedir que os pais exerçam o pátrio poder sobre seus filhos. O fato da mãe ser soropositiva não pode ser considerado motivo de perda da guarda dos filhos.

Se o meu companheiro for soropositivo e eu não, posso ter filhos?
A alternativa seria a inseminação artificial. Neste caso, o material (esperma) deve ser testado para o HIV.

E se eu não quiser ter filhos?
Existem vários métodos que permitem a prática sexual sem o risco de uma gravidez. Eles impedem a fecundação: o encontro do espermatozóide, presente no líquido seminal, com o óvulo. São chamados métodos contraceptivos. Os mais conhecidos são:


» Pílula (anticoncepcional oral)
A pílula anticoncepcional é considerada um dos métodos mais seguros, porém, provoca um alto índice de efeitos colaterais. Por isso, ela deve ser tomada seguindo orientação médica. Se você for soropositiva é importante tentar evitar o uso da pílula, devido as alterações no organismo que ela pode causar.

» Coito interrompido
O pênis é retirado da vagina antes do gozo (ejaculação). Método arriscado porque mesmo antes do gozo, os espermatozóides presentes no líquido seminal podem possibilitar a gravidez.

» Diafragma
Nós mesmas podemos colocá-lo dentro da vagina, antes da relação sexual. Em geral, usa-se um creme espermicida para aumentar sua eficácia. Deve permanecer na vagina por no mínimo 8 horas após o ato sexual. O médico é quem indica o tamanho correto a ser usado, medindo o colo do útero.

» DIU (Dispositivo Intra-Uterino)
É um pequeno objeto plástico, em forma de "T" com uma parte recoberta de cobre, que é colocado dentro do útero por um médico, podendo permanecer por até cinco anos no corpo ca mulher. O DIU pode provocar infecções nos órgãos reprodutivos, sendo necessário um acompanhamento médico sistemático.

No caso das mulheres soropositivas é contra indicado o uso do DIU, pois aumenta muito as chances de infecções.


» Tabela, tabelinha ou calendário
Se for o único método utilizado, no período fértil não podemos Ter relações sexuais. Método arriscado, considerando que pode haver erro de calculo ou alteração da data prevista para ocorrer a ovulação. Para sua eficácia é fundamental a regularidade do ciclo menstrual.


Mas eu também posso ligar as trompas e não ter mais filhos, não é?
É. A ligadura de trompas (conhecida também como amarração das trompas ou laqueadura) é uma operação feita em nós mulheres, que impede o encontro do óvulo com o espermatozóide, evitando assim a gravidez. Mas, este método é irreversível e você nunca mais vai poder ter filhos se optar por ele.

Cirurgias como a ligadura de trompas ou retirada do útero impedem a gravidez, mas não a transmissão das DST e do HIV.


Porque não existe operação nos homens?
Existe sim. A vasectomia é um método cirúrgico realizado nos homens. Os canais deferentes, que conduzem os espermatozóides, são cortados logo acima dos testículos. Não havendo espermatozóides no líquido seminal, não haverá possibilidade da mulher engravidar.
Hoje este método é considerado reversível. O que acontece é que muitos homens não pensam na possibilidade de fazer uma cirurgia para evitar filhos.

A camisinha também pode evitar a gravidez?
Sim. Ela também é conhecida como camisa de vênus, preservativo ou condom. No Brasil, a camisinha masculina é encontrada em diferentes embalagens e marcas nas farmácias e supermercados. Os postos de saúde e as ONGs/Aids distribuem camisinhas gratuitamente. Quando a camisinha é bem utilizada, ela pode evitar não só a gravidez, mas também as DST e a transmissão do HIV.

Para os homens: é um saquinho de borracha ultrafino colocado no pênis ereto (duro) antes da penetração, seja pela frente (vaginal) ou por trás (anal). Para as mulheres: feito em poliuretano transparente e resistente, possui dois anéis, um em cada extremidade. Para inseri-lo, basta pressionar o anel interno e conduzi-lo até a vagina, introduzindo-o no colo do útero. O anel externo fica exposto, fora do corpo da mulher, protegendo os grandes lábios e impedindo a troca de fluidos masculinos e femininos. O preservativo pode ser colocado até 8 horas antes da relação sexual. Nas vezes em que transei com camisinha, senti que estava muito seco... É assim mesmo? Pode acontecer. Talvez a camisinha não fosse lubrificada ou a umidade natural não tenha sido suficiente. Neste caso podemos usar um lubrificante, mas é importante verificar se ele é feito a base de água para não estragar a camisinha. Para descobrir é só misturar o lubrificante com um pouquinho de água na palma da mão. Se a mistura não ficar homogênea e fizer bolinhas, o lubrificante é a base de óleo e não deve ser usado.


E se eu já estiver grávida e quiser tirar?
O aborto não é um método contraceptivo. É uma solução emergencial e só deve ser feito a partir de uma decisão sua. Exceto nos casos já citados na pág. 8, é uma prática ilegal, realizada por curiosos ou em clinicas clandestinas. Nessas condições põe em risco a vida da mulher. Se o aborto fosse descriminalizado poderíamos decidir com mais segurança e Ter garantido o direito à saúde e à vida.

Se eu não fico mais menstruada e não posso engravidar, isto significa que eu não preciso mais me preocupar com a Aids?
Não é bem assim. As mulheres não ficam mais menstruadas geralmente depois dos 40 anos, isto quer dizer que entramos na menopausa. Após o desaparecimento total da menstruação não há risco de gravidez, porém continua havendo a possibilidade do contato com as DST e o HIV.

O fato da vasectomia evitar a gravidez não significa que evite a transmissão das DST e do HIV. Se a relação é responsabilidade dos dois, as mulheres também devem Ter sempre a camisinha.
Apenas a camisinha, quando corretamente utilizada, pode impedir a gravidez e a transmissão das DST e do HIV.
Observe se a camisinha tem o selo inmetro (órgão responsável pelo controle de qualidade do produto), sua data de fabricação e/ou validade.
Os lubrificantes a base de água encontrados nas farmácias são o KY e o Preservgel.
A vaselina é a base de óleo e não deve ser usada, pois estraga a camisinha.
O ideal é que a melhor alternativa seja pensada em conjunto pelo casal.


Sexo oral
Contato da boca com a vagina, o pênis ou o ânus. Nestes casos, o risco é baixo, mas existe. O contato direto do esperma, do fluído vaginal ou do sangue menstrual com a mucosa da boca, que freqüentemente tem pequenas lesões, pode facilitar a transmissão do HIV. Portanto, deve-se usar uma camisinha, de preferência sem lubrificante.

Entre mulheres
No caso do sexo oral feito nas mulheres, sugere-se cobrir a vulva com uma barreira de PVC ou utilizar a camisinha. Neste caso, corte primeiro o chapeuzinho da camisinha, depois insira a tesoura no buraco que apareceu no lugar do chapeuzinho e corte novamente. Estique sobre os grandes lábios, assim a parceira estará protegida.

Nos dias em que as mulheres estão menstruadas o risco da transmissão do HIV, caso ela seja soropositiva, é maior.


Qual a relação entre a transmissão do HIV e as DST?
As DST são doenças transmitidas através de relação sexual. São também conhecidas como doenças venéreas. Nas mulheres a presença das DST aumenta bastante o risco de transmissão do HIV, pois elas podem ferir ou irritar a mucosa da vagina abrindo porta de entrada para o vírus.

As DST aparecem da mesma maneira nos homens e nas mulheres?
Não. Nos homens as úlceras (feridas) são mais visíveis. Já nas mulheres, pelo fato dos órgãos genitais serem internos, fica mais difícil perceber a presença das DST. Por isto, devemos estar atentas a qualquer irregularidade em nosso corpo e fazer periodicamente o exame ginecológico.

De que maneira as DST se manifestam?
As DST normalmente apresentam sinais característicos. Saiba agora como identificá-las.

» Úlceras genitais
Lesões arrendondadas, avermelhadas, com bordas delimitadas que podem ser dolorosas ou não, únicas ou múltiplas, localizadas na região genital. Devem ser avaliadas as possibilidades de Sífilis, Cancro Mole, Linfogranuloma Venéreo ou Herpes.

» Corrimentos uretais
Secreção espessa que sai do pênis, branca ou amarelada, acompanhada ou não de ardência. Devem ser avaliadas as possibilidades de infecções como Gonorréia, aquelas causadas por Clamydia, Cândida Albicans etc.

Apesar de não ser considerada uma DST a Hepatite dos tipos B, C e D pode ser transmitida sexualmente.

A maioria dessas doenças é muito fácil de curar se descobertas atempo e tratadas de maneira correta. É importante irmos periodicamente ao ginecologista e fazermos os exames preventivos para o câncer e as DST. Quanto mais cedo identificarmos qualquer problema, aumentam as chances de melhor resolvê-lo. Se você for soropositiva é importante ir ao ginecologista de 6 em 6 meses. É importante conversar com amigos (as), mas o remédio que eles (as) podem Ter usado, não necessariamente servirá para nós. Por isto, o melhor é procurar orientação médica no posto de saúde mais próximo. A sexualidade faz parte da vida e não é vergonha falar sobre ela.


» Corrimentos vaginais
Secreções que podem se originar no colo do útero ou nas paredes da vagina, com múltiplas possibilidades causais. Podem vir acompanhadas de coceira, ardência, mal cheiro ou dor nas relações sexuais. Existem certas bactérias, vírus e fungos que têm transmissão sexual quase que exclusiva e há situações em que alguns destes elementos fazem parte da flora vaginal, podendo por circunstâncias de desequilíbrio do organismo se manifestar de forma expressiva. Devem ser avaliadas as possibilidades de Cândida, Trichomonas, Gardenerella, Clamydia e Gonacoco.

» Condiloma acuminado
Lesões com aparência de verrugas que podem se localizar em toda região genital e são bastante contagiosas. Deve ser avaliada a infecção pelo HPV (vírus do papiloma humano)

DST e GESTAÇÃO Algumas destas doenças podem atingir o bebê durante a gravidez (infecção congênita). É necessário o cuidado com a medicação utilizada, uma vez que determinadas substâncias também podem causar danos à criança. O tratamento das DST na gestante HIV positiva pode diminuir, além da transmissão vertical (para o bebê), também a transmissão horizontal (para o parceiro) do HIV.